Celebramos hoje o dia da morte da Beata Elena
Guerra, que faleceu em um sábado santo (11/04/1914). Da cidade de Lucca, na
Itália, ela partiu em direção ao seu amado, o Espírito Santo, a quem dedicou
sua vida e vocação para que os cristãos retornem a Ele, para que Ele retorne a
nós.
No Jubileu
de Ouro da Renovação Carismática Católica no Mundo, a vida e obra da Beata
Elena Guerra apresentam-se como um testemunho tão forte, que mais de 100 após a
sua partida, membros do Movimento e toda a Igreja podem experimentar a graça
que ela tanto sonhou e batalhou, o Espírito Santo mais conhecido e amado.
Porém,
sabemos que não chegamos plenamente onde a beata sonhou. Muito mais é preciso
fazer, anunciar e clamar para que haja uma maior difusão da devoção ao Espírito
Santo em todo o mundo.
Devota,
era desejo de Elena que a Virgem Maria estivesse conosco nesse novo Pentecostes
na Igreja e para a Igreja. Roguemos a Deus, irmãos, para que por intercessão da
Beata Elena Guerra, o Espírito Santo seja derramado sobre nós. Que nesse ano
jubilar, o Espírito Santo renove a face da Terra.
“E a nossa
amadíssima Mãe Maria que esteve com os Apóstolos naqueles nove dias benditos, e
com eles orou, não estaria também conosco neste nosso Novo Cenáculo? E não nos
concederia antecipadas e copiosas misericórdias?” escreveu a Beata Elena
Guerra.
Processo
de canonização
Depois da
beatificação de Elena Guerra, realizada pelo Papa João XXIII, no dia 26 de
abril de 1959, milhares de fiéis aguardam ansiosamente a canonização da
apóstola do Espírito Santo dos tempos modernos.
Esse
milagre refere-se à recuperação de Paulo Gontijo de Oliveira. Paulo sofreu um
acidente em 2010, em que caiu de uma árvore e ficou em coma durante 25 dias. Na
época, os médicos o deram como clinicamente morto. Diante disso, com as orações
de familiares e amigos, pedindo a intercessão da Beata, Paulo iniciou seu
processo de recuperação. Depois de laudos médicos, o pressuposto milagre teria
ocorrido por intercessão da beata.
O
vice-postulador do processo de canonização da beata Elena Guerra, padre Eduardo
Braga (Padre Dudu), explicou que há quase três anos o processo concluído na
verificação médica está em Roma. E que atualmente, Roma espera um resumo do
mesmo para continuar a análise. Os laudos médicos (prontuário hospitalar-
documento da primeira fase) foram todos traduzidos e posteriormente exames
atuais do Paulo foram solicitados e enviados igualmente.
Em um site
sobre a Beata, Padre Dudu destacou que os canonistas entendem que a canonização
é uma sentença definitiva por parte da Igreja, o que não permite erro. Todos os
documentos serão garantias humanas oferecidas ao Papa para que se proceda com
maior tranquilidade a proclamação da canonização.
Sobre a
probabilidade da canonização da Beata Elena Guerra acontecer no Jubileu de
Ouro, em Roma, no início de junho de 2017, Padre Dudu explicou que em uma carta
assinada por representantes da Renovação Carismática e Frater (Fraternidade
Católica de Comunidades), foi pedido a canonização da freira para esta data.
“Nessa carta, pedimos essa graça, mas não obtive até agora nenhuma resposta;
porém, tratando-se do Papa Francisco, tudo pode acontecer...”, concluiu o
vice-postulador.
Sobre
a Beata
Em uma
família religiosa, Elena Guerra nasceu em Lucca (Itália), no dia 23 de junho de
1835. Durante um período de enfermidade, Elena se dedicou à meditação da
Palavra de Deus e ao estudo dos Padres da Igreja, gerando em seu coração o
desejo pela vida consagrada.
Em 1886, a
Freira Elena sente o primeiro apelo interior a trabalhar de alguma forma para
divulgar a devoção ao Espírito Santo na Igreja. Para isto, escreve algumas
cartas ao Papa Leão XIII, pedindo-o para convidar os cristãos a redescobrirem a
vida segundo o Espírito.
Nas
correspondências, ela pedia ao Papa para convidar novamente os cristãos para um
retorno ao Cenáculo. Elena acreditava que pela Novena de Pentecostes, os
ensinamentos divinos iluminariam as mentes para o conhecimento do Espírito
Santo e abriria os corações para a transformação que o Espírito poderia
realizar.
No
livro Escritos de
Fogo, Padre Eduardo Braga explica que a insistência de Elena, unida
à sua vida profunda de oração e invocação ao Espírito Santo, juntamente com
suas audaciosas iniciativas, alcança de Leão XIII três documentos importantes:
O Breve “Provida Matris
Charitate” de
1895, quando o Papa promulga a obrigação da Novena de Pentecostes para a Igreja
inteira; a Encíclica “Divinum
Illud Munus” de 1897; e a Carta aos Bispos “Ad fovendum in Christiano Populo”
de 1902, como um pedido reforçado para celebrar a Novena todos os anos e maior
atenção da parte dos pregadores para que transmitissem ao povo a doutrina sobre
o Espírito Santo.
Elena
morreu no dia 11 de abril de 1914, com o grande desejo de ver os cristãos
conscientes da presença e da ação do Espírito Santo em suas vidas, e clamando
pela renovação da face da Terra
O
Papa João XXIII beatificou Elena Guerra no dia 26 de Abril de 1959,
definindo-a como “Apóstola do Espírito Santo dos tempos modernos”.
Fonte:
http://www.rccbrasil.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário