O
Papa Francisco presidiu nesta Quinta-Feira Santa, 13, a Missa da Ceia do Senhor
na Casa de Reclusão de Paliano, ao sul de Roma.
A
cerimônia, com o tradicional rito do lava-pés, não foi transmitida ao vivo a
pedido do próprio Pontífice e pela falta de condições técnicas do presídio. A
visita de Francisco teve um caráter estritamente privado e teve início às 16h
(hora local, 11h em Brasília).
O Papa
lavou os pés de 12 detentos (10 italianos, 1 argentino e 1 albanês). Entre
eles, 3 são mulheres e 1 é um muçulmano que será batizado em junho. Além disso,
dois deles foram condenados à prisão perpétua, enquanto para os demais a
conclusão da pena está prevista entre 2019 e 2073.
“Deus ama
assim! Até o fim. E dá a vida por cada um de nós, e orgulha-se disso, porque
Ele é amor”, disse Francisco aos presos. “Amar até o fim… não é fácil
porque todos somos pecadores, todos temos os nossos limites, defeitos, tantas
coisas. E sim, todos sabemos amar, mas não como Deus que ama sem olhar às
consequências”, prosseguiu Francisco, destacando o gesto de lavar os pés como
sinal de humildade e atenção a todos.
“Aquele
que parece o maior, que o faça aos outros”, exortou o Papa, convidando os
presos a se ajudarem uns aos outros, “cada companheiro”, porque isso é “semear
amor”.
Terceiro
lava-pés numa prisão
Esta é a
terceira vez que Francisco celebra este rito numa prisão. Em 2015, a missa foi
no Presídio de Rebibbia, em Roma. Em 2013, o local foi o Cárcere para Menores
“Casal del Marmo”, também em Roma.
No ano
passado, o Papa lavou os pés dos refugiados no centro de acolhimento de
Castelnuovo, município ao norte de Roma. Em 2014, a cerimônia foi no Centro
Santa Maria da Providência, na periferia romana, que acolhe pessoas com
deficiências.
Nenhum comentário:
Postar um comentário