Cidade do Vaticano (RV) – Neste 16 de abril,
Domingo de Páscoa, Joseph Ratzinger completa 90 anos. Os festejos foram
transferidos para a Segunda-feira do Anjo (feriado no Vaticano e na Itália) e
serão reservados e simples. No Mosteiro Mater
Ecclesiae, nos Jardins Vaticanos, estará presente uma pequena
delegação da Baviera. Na tarde da última quarta-feira, o Papa Francisco
felicitou pessoalmente o Papa emérito.
Para a ocasião, a Rádio alemã Horeb
entrevistou o Prefeito da Casa Pontifícia, o Arcebispo George Gänswein, que
acompanha muito de perto Bento XVI:
“A vida no Mosteiro é muito organizada. Não é
um mistério para ninguém que o Papa Bento ame a ordem. O desenvolvimento de seu
dia é muito estruturado, muito claro e isto ajuda também que seja bem vivido.
Uma das afirmações do Papa Bento, ao final de seu Pontificado, foi de que não
se retiraria “á vida privada”, portanto, para fazer aquilo que lhe agradaria
fazer, mas que “subiria ao monte” – uma imagem que evoca Moisés, que se retirou
para rezar – segundo as suas forças e as suas convicções e as suas capacidades
– pelo sucessor, pela Igreja e pelo mundo. E justamente isto é o que faz. Em
sua vida tem oração, estudo, visitas, ouve música, a Missa, passeios,
meditações, repouso e a preparação também para o encontro com o Senhor. Vejo
que Bento vive muito serenamente esta sua decisão”.
“Este é o lado mais frágil de seu corpo. Na
realidade, tem dificuldade de caminhar e por isto há algum tempo serve-se de um
andador. Assim, encontra maior estabilidade, maior segurança e se locomove
melhor”.
RH: Que ensinamentos o senhor tira da
convivência com Bento XVI?
“Aprendi, sobretudo, que a fé é um dom, que é
um dom que dá alegria; que a fé é uma ajuda para carregar melhor o peso que devo
carregar, e que não devo senti-la como o peso que carrego nas costas...”
RH: Uma pergunta recorrente: o Papa Francisco
continua a aconselhar-se com o Papa Bento?
“Não é um segredo para ninguém que os dois
têm uma boa relação e que o Papa Francisco vai regularmente encontrar Bento; os
dois se retiram e conversam. As visitas não têm uma cadência fixa. Normalmente
acontecem por ocasião de alguma recorrência pessoal ou antes e depois de uma
viagem. (...) Ou se falam ao telefone, ou envia uma carta... não existe,
portanto, uma estrutura pré-estabelecida. É mais, digamos, um evento
“carismático””. (JE)
Fonte: http://br.radiovaticana.va
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