Pontífice
também defendeu liberdade de pais na educação e formação de filhos
Papa
Bento XVI preside 7º Encontro Mundial das Famílias em Milão (Osservatore Romano
/ Reuters)
O papa Bento XVI disse neste sábado que os estados devem estar a serviço
da pessoa e zelar pelo direito da família, “baseada no casamento entre um homem
e uma mulher“.
O pontífice fez essas declarações durante o encontro que teve com autoridades,
empresários, trabalhadores, artistas e educadores da região italiana da
Lombardia na sede do arcebispado de Milão, onde se aloja durante sua estada na
cidade para presidir o 7º Encontro Mundial das Famílias.
O
bispo de Roma destacou que o estado tem que reconhecer a identidade própria da
família e o direito primário dos pais à livre escolha da educação e formação de
seus filhos, “segundo o projeto educacional que considerem válido e
pertinente”. “Não se faz justiça à família se o estado não sustentar a
liberdade de educação para o bem comum de toda a sociedade”, ressaltou o papa.
Liberdade
Bento
XVI defendeu uma “construtiva” colaboração entre o estado e a Igreja, sem que
haja confusões sobre o papel de cada um, para enfrentar os tempos de crise que
atingem parte do planeta neste momento. Nesse sentido, ele ressaltou a
laicidade do estado e disse que esse aspecto deve garantir a liberdade “para
que todos possam propor sua visão da vida comum respeitando os demais e no
contexto das leis que prezam pelo bem comum”.
O
pontífice também fez uma grande apologia à liberdade: “não é um
privilégio para alguns, mas um direito para todos, um valioso direito que o
poder civil deve garantir”. Ao falar sobre o papel dos líderes mundiais, o papa
enfatizou que a principal qualidade de quem governa é a justiça, “virtude
pública por excelência, porque impacta no bem de toda a comunidade”.
Antes
de se reunir com os representantes da sociedade milanesa, o papa manteve um
encontro com o cardeal Carlo Maria Martini, de 85 anos. Ainda neste sábado,
Bento XVI se deslocará ao parque de Bresso, em Milão, onde se reunirá com as
milhares de famílias de todo o mundo – de mais de 100 nações – que participam
do evento em uma vigília chamada “Festa do Testemunho”.
(Com
agência EFE)
Fonte:
BLOG do Carmadélio
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