Segundo os
últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de
2000, cerca de 16,6 milhões de brasileiros têm algum grau de deficiência visual
e quase 100 mil se declararam cegos.
Diante dessa
realidade, a Igreja Católica tem se mostrado próxima a essas pessoas promovendo
sua inclusão nas comunidades e desenvolvendo projetos para a melhora na
qualidade de vida delas.
O Instituto
Padre Chico, por exemplo, acompanha crianças de seis meses até nove anos. Além
do ensino do método braile, as crianças têm toda formação geral dos primeiros
anos escolares. Existem ainda programas de integração e mobilidade visando a
independência do deficiente visual e orientação profissional que explora as aptidões
de cada pessoa.
No campo da
evangelização há uma Catequese para as crianças católicas, mas que também é
aberta a todos, explica o bispo de Limeira e Referencial da Catequese no
Regional Sul 1 da CNBB (São Paulo), dom Vilson Dias de Oliveira.
A Igreja busca
oferecer uma catequese apropriada em seu conteúdo e recursos, sem reduzi-la ou
simplificá-la. Procuramos fazer essa integração do deficiente visual nas
comunidades para que ele seja membro participante e atuante, dando seu
contributo para sua comunidade de fé.
A palestra teve
o objetivo de chamar a atenção para o acompanhamento dos deficientes, ao mesmo
tempo a nossa responsabilidade para a garantia de seus direitos, estando do
lado deles, formando essa pessoa para a vida futura. Queremos garantir
condições de vida e saúde, a efetivação das leis e o acesso às escolas.
Destacamos a importância da família na vida dos deficientes visuais, o papel
das organizações não governamentais e a responsabilidade de toda a sociedade.
Materiais para
deficientes visuais
A Bíblia em
braile é um grande volume que chega a um metro de altura se empilhada, mas os
deficientes visuais podem ter acesso a esses textos e aos materiais
catequéticos fazendo a solicitação à CNBB pelo e-mail: catequese@cnbb.org.br .
Dom Vilson pede
que as comunidades locais estejam abertas para o acolhimento dos deficientes
visuais a fim de que eles se sintam parte integrante da Igreja. Para isso, são
necessários mais voluntários envolvidos neste trabalho.
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