A 14 dias
da chegada do Papa, Milão se prepara para acolher o mundo. Hoje, 16 de maio, os
inscritos para o VII Encontro Mundial das Famílias provêm de 145 países, de
todos os continentes. Depois da Itália, os países mais representados serão
Espanha, França, Croácia e Argentina.
Uma
realidade bastante significativa em Milão – os imigrantes – também estará
presente. Dentre os estrangeiros residentes na cidade, os que mais se
inscreveram até agora são os filipinos, seguidos pelos peruanos e equatorianos.
O evento “Família, Trabalho e Festa” terá a ajuda de 5 mil pessoas voluntárias.
A maioria deles é italiana, mas no total, 184 vêm de outros países. O
voluntariado brasileiro estará na cidade ajudando na organização com 18
pessoas. Já os relatores do Congresso Teológico Pastoral, que durará dois dias
(30 de maio a 1º de junho), serão de 27 países.
O evento
já tem 5 mil inscritos, de 110 diferentes nacionalidades. Curiosidade: crianças
de 3 a 17 anos poderão participar do evento, já que para elas está previsto o
“Congresso dos jovens”, que debaterá o tema da família, do trabalho e da festa
de modo adequado e diversificado para cada faixa de idade com jogos, animação,
atividades lúdicas e instrutivas. O Papa estará em Milão, participando do
Encontro, de 1º a 3 de junho.
“Como
agente pastoral familiar, nosso trabalho é ligado eminentemente junto às
famílias. E o que nos estamos vendo é a falta de preparação para o matrimônio.
No Brasil, estamos preparando melhor os casais para assumir este compromisso e
entender o que é o matrimônio cristão católico. Temos obtido uma série de
sucessos, a diminuições das separações de casais que passam pelo mundo da
pastoral, que fazem cursos de noivos, que se preparam para isso. Temos visto um
entendimento melhor do que é um matrimônio, uma vida a dois, e a redução do
número de separações tem sido constante. O aumento tem sido em função também do
aumento populacional, das uniões estáveis, das uniões que não têm o sacramento
matrimonial, somente a união cível. Posso afirmar que a realização e
regularização de matrimônios têm aumentado constantemente”.
Do
Brasil, Simão e Ana levarão a Milão um esboço sobre o relatório que vêm
preparando na orientação para a preparação ao matrimônio:
“Nosso
grande trabalho para este ano foi o que nos foi pedido pelo Pontifício Conselho
para a Família: a unificação do documento que vai abordar toda forma de
tratamento da preparação do matrimônio. Levaremos isto a Milão, nossa
colaboração de como está agindo o Brasil na preparação destes noivos, para que
o Conselho possa elaborar um documento a nível mundial sobre a preparação ao
matrimônio”. “O tema do Encontro: “Família, Trabalho e Festa”, quer demonstrar
que o trabalho, a família e a diversão têm que estar intimamente ligados. Não
se pode separar nem dar valores diferentes a eles. Para que a família tenha
harmonia, devemos atender os pressupostos educação, lazer, religião e trabalho.
Isto foi muito sabiamente demonstrado pelo Santo Padre ao escolher o tema deste
Encontro Mundial”.
Simão e
Ana, que se casaram aos 19 e 17 anos, estão festejando suas bodas de ouro
nestes dias. Qual é a fórmula do sucesso de uma união tão duradoura?
“O respeito, em primeiro lugar, das individualidades e da personalidade. Ninguém pode transformar ninguém. Eu sou filho de índio, ela é filha de europeus; eu sou Flamengo, ela torce pelo Vasco; eu gosto de feijoada, ela gosta de bacalhoada. Temos gostos completamente diferentes, temos que nos adaptar, entender, harmonizar. Ela gosta de praia, eu de serra. Mas que estes 50 anos juntos estão na força do respeito aos gostos, às individualidades, ao tratamento... enfim, a palavra básica e objetiva é respeito à individualidade: entender o outro ser como ele o é, e não querer transformá-lo em mim, naquilo que eu sou”.
“O respeito, em primeiro lugar, das individualidades e da personalidade. Ninguém pode transformar ninguém. Eu sou filho de índio, ela é filha de europeus; eu sou Flamengo, ela torce pelo Vasco; eu gosto de feijoada, ela gosta de bacalhoada. Temos gostos completamente diferentes, temos que nos adaptar, entender, harmonizar. Ela gosta de praia, eu de serra. Mas que estes 50 anos juntos estão na força do respeito aos gostos, às individualidades, ao tratamento... enfim, a palavra básica e objetiva é respeito à individualidade: entender o outro ser como ele o é, e não querer transformá-lo em mim, naquilo que eu sou”.
Fonte: CNBB
Nenhum comentário:
Postar um comentário