Depois de uma
decisão do Supremo Tribunal Federal do Brasil determinando que bebês que
sofrem do defeito de nascença conhecido como anencefalia não são “legalmente”
vivos e, portanto, podem ser abortados com total liberdade, médicos
brasileiros estão explicando para os meios de comunicação como tais bebês
realmente serão mortos sob o novo regime legal.
Numa recente entrevista
para Veja, a revista noticiosa mais popular do Brasil, o vice-presidente do
Conselho Federal de Medicina, Dr. Carlos Vital, explicou que os médicos terão duas
escolhas: “curetagem” ou “aspiração”.
Abortos de bebês
anencefálicos serão realizados no segundo ou terceiro trimestre.Um aborto de
curetagem usa uma faca especial para cortar a criança em pedaços, e então
raspar seu corpo e placenta da parede uterina. Um aborto de aspiração usa forte
sucção para despedaçar a criança, e de modo semelhante a separa de sua mãe.
O Dr. Vital disse
para Veja que abortos em crianças anencefálicas poderiam ser realizados até
o nono mês de gravidez.
O Dr. Vital acrescentou que
tais abortos exigirão um comitê de médicos para apurar os “critérios adequados
para diagnóstico” de anencefalia, um problema físico cuja definição exata não
tem o consenso dos médicos.Os bebês anencefálicos não desenvolvem a
parte superior da cabeça, inclusive o crânio e a parte de superior do cérebro.
A maioria morre no útero ou logo após o nascimento, embora alguns tenham vivido
alguns dias, meses e até anos com o problema.
Ainda que os profissionais
médicos muitas vezes afirmem que tais crianças não estão conscientes de seu
ambiente e sejam incapazes de sofrer, pais de bebês anencefálicos relatam que
seus filhos mostram sinais de consciência e parecem reagir de modo muito
específico a seu ambiente. Alguns médicos utilizam a teoria de que o tronco
cerebral de tais bebês tem a capacidade de se adaptar às necessidades de
consciência rudimentar, um fenômeno conhecido como “neuroplasticidade”.
Nos Estados Unidos, um
número aproximado de 95 por cento dos bebês anencefálicos são mortos dentro do
útero de suas mães.
Numa declaração pública
sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal, o ativista pró-vida brasileiro Pe.
Luis Lodi da Cruz chamou o veredicto de “monstruoso” e comentou que, de acordo
com o ministro do STF que presidiu o caso, o aborto de uma criança anencefálica
“É um procedimento semelhante à remoção de um cadáver”.
“Paradoxalmente, Marco
Aurélio admite que o anencéfalo morre depois de um período pequeno de tempo.
Ora, como ele pode morrer se já está morto?” perguntou o Pe. Lodi.
Fonte:
Blog do Carmadélio
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